Com a confirmação da bandeira vermelha patamar 1 na conta de energia, muitos consumidores brasileiros já sentem o impacto no bolso.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o mês de novembro de 2025 continuará com o custo extra de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos.
Essa informação pode preocupar famílias e empresas, pois a previsão é de um cenário hidrológico ainda desfavorável e consequente necessidade de maior uso das usinas termelétricas, que aumentam o custo final da energia elétrica.
Adotar práticas de economia e entender como o sistema de bandeiras tarifárias funciona pode ajudar a minimizar os efeitos desse acréscimo na fatura.
Saiba, a seguir, por que a bandeira vermelha foi mantida, como ela afeta o consumidor e quais medidas práticas podem ser implementadas para reduzir o consumo sem comprometer o conforto ou a produtividade.
O que é a bandeira vermelha e por que foi acionada?
A bandeira vermelha indica condições mais caras de geração de energia, principalmente quando há falta de chuvas e necessidade de maior acionamento de termelétricas.
Desde 2015, o sistema de bandeiras tarifárias foi criado exatamente para sinalizar, através das cores verde, amarela e vermelha, os diferentes custos de produzir eletricidade em cada momento.
Na atual conjuntura, a previsão de chuvas abaixo da média resultou em níveis baixos dos reservatórios das hidrelétricas. Dessa forma, o país depende mais das termelétricas — cuja produção é mais cara, principalmente por utilizar combustíveis fósseis.
Assim, a ANEEL mantém a sinalização de alerta com a cobrança adicional na fatura para incentivar o consumo consciente.
Como funciona o sistema de bandeiras tarifárias?
O sistema de bandeiras tarifárias torna os custos de geração de energia transparentes ao consumidor. Antes da implantação deste modelo, a variação nos preços da produção só aparecia no reajuste anual da tarifa. Agora, o acréscimo pode ser percebido mensalmente.
- Bandeira verde: Geração favorável, sem aumento na tarifa.
- Bandeira amarela: Condições menos favoráveis e acréscimo de R$ 0,01885 por kWh.
- Bandeira vermelha patamar 1: Acréscimo de R$ 0,04463 por kWh.
- Bandeira vermelha patamar 2: Acréscimo de R$ 0,07877 por kWh.
Por que a geração ficou mais cara?
O principal fator para o aumento do custo está na redução das chuvas, algo que afeta diretamente os reservatórios das hidrelétricas, responsáveis pela maior parte da matriz energética do país.
Além disso, a geração solar, apesar de crescer anualmente, ainda é intermitente e não oferece suporte contínuo, especialmente em horários de pico de consumo ou à noite.
Consequentemente, recorrer às termelétricas se tornou indispensável nos meses com baixa disponibilidade hídrica. Esse cenário eleva o valor repassado ao consumidor, pois a produção de energia termelétrica é mais cara devido ao uso de combustíveis e necessidades operacionais específicas.
Impactos diretos para o consumidor
O valor adicional na conta de energia resulta em despesas maiores tanto para residências quanto para empresas. Em tempos de bandeira vermelha, uma casa que consome 200 kWh mensais, por exemplo, terá um acréscimo de quase R$ 9,00 só pelo custo da bandeira patamar 1, além dos demais encargos habituais.
É importante ficar atento ao consumo de aparelhos que costumam pesar na fatura, como chuveiros elétricos, ar-condicionado, geladeiras e equipamentos industriais.
Pequenas atitudes no dia a dia ajudam a economizar energia e manter os gastos sob controle, mesmo em períodos de tarifas elevadas.

Como se preparar para a continuidade da bandeira vermelha?
Dicas para reduzir o consumo de energia
- Desligar luzes e aparelhos quando não estiverem em uso.
- Evitar banhos longos e, se possível, programar o chuveiro para a posição “verão”.
- Manter geladeiras longe de fontes de calor e regular a temperatura interna.
- Adiar o uso de aparelhos de maior consumo para horários fora do pico, sempre que possível.
- Realizar manutenções periódicas em equipamentos elétricos, buscando eficiência energética.
Alternativas para médio e longo prazo
Para além das medidas de curto prazo, o consumidor pode investir em sistemas de energia solar fotovoltaica. Apesar do investimento inicial, o retorno tende a ser atraente em cenários de energia mais cara.
Outra recomendação é substituir aparelhos antigos por versões mais eficientes e adotar lâmpadas LED, que consomem menos energia e têm durabilidade maior.
Quem é afetado pelas bandeiras tarifárias?
O sistema de bandeiras tarifárias vale para todos os consumidores atendidos pelas distribuidoras, excluindo apenas aqueles localizados em sistemas isolados. Ou seja, quem está ligado à rede convencional das cidades e regiões urbanizadas sentirá, mensalmente, o impacto da cor vigente na tarifa de energia.
Como acompanhar novas atualizações sobre a conta de luz?
A ANEEL divulga mensalmente qual bandeira estará em vigor. Para conferir informações detalhadas, é possível acessar o site oficial da ANEEL. Assim, todos podem se informar e planejar estratégias para driblar o aumento. Também vale a pena acompanhar notícias de instituições sérias e órgãos de defesa do consumidor para eventuais orientações sobre direitos e deveres relacionados à tarifa de energia.
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