O aumento no uso da biometria trouxe vantagens e praticidade, mas também abriu caminho para novos tipos de crimes digitais. Quadrilhas especializadas estão cada vez mais preparadas para clonar rostos e acessar benefícios, contas bancárias e até dados pessoais, gerando insegurança e urgência por proteção. Não se trata apenas de fotos em redes sociais: selfies, dados biométricos e até detalhes do cotidiano podem ser explorados. A seguir, veja como esses golpes estão acontecendo, métodos usados e dicas práticas para elevar sua segurança.
O que é clonagem facial e como funciona?
A clonagem facial usa inteligência artificial e recursos tecnológicos para copiar o rosto de uma pessoa a partir de fotos e vídeos. Criminosos coletam imagens em redes, aplicativos ou até de câmeras de entrada em condomínios. Esses dados são, então, usados para burlar sistemas de reconhecimento facial, alguns deles sem proteção de “prova de vida” (detecção de movimentos do rosto).
Com o avanço das técnicas, uma única foto em alta qualidade pode ser manipulada para simular ações do usuário em tempo real, invadindo contas e acessando serviços restritos. Além disso, a combinação de imagem com informações como CPF, nome e data de nascimento facilita ainda mais o golpe.
Principais golpes envolvendo reconhecimento facial em 2025
Entre os métodos mais usados para fraudar autenticações com reconhecimento facial, destacam-se:
- Roubo de benefícios sociais: Quadrilhas usam imagens e dados para registrar contas falsas e desviar valores do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), Bolsa Família e outros benefícios assistenciais.
- Golpe do número novo: Com dados e fotos, golpistas se passam por conhecidos em aplicativos de mensagens para pedir dinheiro a familiares e amigos.
- Manipulação de empréstimos: Uso indevido da imagem do rosto e dados pessoais para abrir contas bancárias e contratar serviços financeiros em nome da vítima.
- Invasão de contas digitais: Combinando Engenharia Social e tecnologias de biometria facial avançada, os criminosos forjam credenciais para acessar aplicativos de bancos.
Como as quadrilhas capturam dados biométricos?
- Redes sociais: Fotos públicas, posts com localização e vídeos podem ser extraídos por softwares automáticos.
- Engenharia social: Golpistas disfarçados de entregadores ou agentes pedem selfies sob pretextos falsos.
- Dispositivos e apps inseguros: Câmeras de condomínios, recepções e apps de cadastro pouco protegidos compartilham imagens sem consentimento claro.
- Corrupção e manipulação interna: Relatos de funcionários de bancos e lotéricas atuando em parceria com criminosos para alterar dados e liberar acessos.
Dicas práticas para proteger seu rosto online
- Desconfie de solicitações inesperadas: Não envie selfie para desconhecidos ou profissionais que não deveriam pedir sua imagem. Confirme sempre pelo canal oficial da empresa.
- Valide autorizações de biometria apenas no próprio celular: Prefira acessar apps bancários e de autenticação somente pelo seu smartphone pessoal.
- Cuide do que publica: Evite postar localização em tempo real e detalhes que ajudam criminosos a montar seu perfil digital.
- Ative autenticação em dois fatores: Refine sua segurança, ativando proteções extras em todos os serviços compatíveis.
- Monitore seu CPF regularmente: O site Registrato do Banco Central permite checar se há contas ou empréstimos estranhos em seu nome.
- Reforce o alerta entre idosos: Oriente familiares a checarem sempre pedidos de dinheiro e a não confiar apenas em mensagens de texto ou áudio.
- Não clique em links suspeitos: E-mails, SMS e mensagens por aplicativos são os principais meios de capturar seus dados pessoais.
Mantenha-se alerta, proteja seus dados e lembre-se: a segurança do seu rosto está em suas mãos. Para mais notícias relacionada com segurança digital, acesse o site Alerta Gov.