O acesso à moradia digna é um dos maiores desafios enfrentados por milhares de famílias brasileiras. Nesse contexto, foi criado o programa Imóvel da Gente, que transforma imóveis públicos sem uso em oportunidades reais de habitação, educação e inclusão social.
Desde sua implementação, a iniciativa já beneficiou mais de 400 mil famílias, demonstrando que é possível reaproveitar o patrimônio público para garantir direitos fundamentais. Mas como funciona o programa, quem pode ser beneficiado e quais são seus impactos? Descubra tudo a seguir.
O que é o Imóvel da Gente?
O Imóvel da Gente é uma política pública federal que utiliza terrenos e edificações da União, anteriormente inativos, para projetos de habitação, escolas, unidades de saúde, parques e outras iniciativas sociais. Sob coordenação do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), o programa visa garantir o direito constitucional à moradia e promover a justiça social, com foco em famílias de baixa renda.
Como funciona o Imóvel da Gente?
O programa atua em quatro linhas principais:
- Habitação de interesse social: imóveis são destinados para construção de moradias populares, em parceria com o Minha Casa, Minha Vida.
- Regularização fundiária: reconhecimento da posse e emissão de títulos de propriedade para famílias que vivem em áreas ocupadas de forma consolidada.
- Políticas públicas estratégicas: imóveis são usados para escolas, unidades de saúde, centros culturais e outros equipamentos públicos.
- Grandes áreas de múltiplos usos: destinação de grandes terrenos para projetos integrados de urbanização e inclusão social.
Parcerias
O sucesso do Imóvel da Gente depende da colaboração entre governo federal, estados, municípios e sociedade civil. Um exemplo é a Favela do Moinho, em São Paulo, onde 900 famílias terão acesso a novas moradias e auxílio aluguel. Em Belo Horizonte, um prédio desativado do INSS foi transformado em 88 unidades habitacionais para famílias de baixa renda.
Quem pode ser beneficiado pelo Imóvel da Gente?
O programa prioriza famílias de baixa renda, comunidades quilombolas, populações em situação de vulnerabilidade e pessoas afetadas por emergências climáticas. Além disso, áreas podem ser destinadas para construção de escolas, hospitais e institutos federais, beneficiando estudantes e profissionais da educação.
Critérios de seleção
- Renda familiar compatível com programas de habitação social
- Residência em áreas de ocupação consolidada
- Participação em projetos de regularização fundiária
- Vínculo com entidades representativas, como associações de moradores
Resultados e números atualizados do Imóvel da Gente
Até junho de 2025, o Imóvel da Gente já destinou mais de 1.143 imóveis em todo o país, beneficiando mais de 400 mil famílias.
- Áreas destinadas para comunidades quilombolas e projetos de inclusão social
- Reconhecimento da posse e emissão de títulos de propriedade em regiões vulneráveis
Exemplos práticos do Imóvel da Gente em ação
Favela do Moinho (SP)
Após negociação entre governo federal e estadual, 900 famílias terão acesso a novas moradias e auxílio aluguel de R$ 1.200, além da possibilidade de compra assistida pelo Minha Casa, Minha Vida.
Encantado (RS)
No Vale do Rio Taquari, área de 20 mil m² foi destinada para construção de 100 moradias, atendendo famílias desabrigadas por emergências climáticas.
Belo Horizonte (MG)
Prédio desativado do INSS foi requalificado para abrigar 88 famílias de baixa renda, garantindo moradia no centro da cidade.
Como solicitar participação no Imóvel da Gente?
Interessados devem acompanhar os editais publicados pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e pelas prefeituras locais. A inscrição geralmente exige documentação que comprove renda, residência e situação de vulnerabilidade. Entidades representativas também podem apresentar projetos para destinação de imóveis.
- Acompanhe editais no site oficial do programa
- Procure a prefeitura do seu município para informações sobre imóveis disponíveis
- Participe de associações de moradores e entidades de habitação
O Imóvel da Gente representa uma nova forma de enxergar o patrimônio público, colocando-o a serviço da população. Ao transformar imóveis ociosos em moradias, escolas e espaços de inclusão, o programa contribui para reduzir desigualdades e promover justiça social. Será que outras cidades e estados vão adotar iniciativas semelhantes para ampliar ainda mais o acesso à moradia digna no Brasil?