Imagine acordar uma hora mais cedo, com o sol ainda tímido no horizonte, e perceber que o dia parece mais longo. Ou talvez sentir o peso de ajustar o relógio biológico para aproveitar a luz natural no fim da tarde. O horário de verão, que já fez parte da rotina de muitos brasileiros, está de volta ao centro das discussões. A possibilidade de seu retorno em 2025 mexe com a curiosidade e até com as emoções de quem já viveu seus prós e contras. Afinal, quem não se lembra da confusão para acertar o relógio ou da sensação de ter uma hora a mais de sol para curtir?
A seguir, você vai ver o que já se sabe sobre a volta do horário de verão, os motivos por trás do debate e como ele pode impactar a vida cotidiana. Fique por dentro e descubra como essa medida pode afetar o seu dia a dia.
Sumário
- O que motivou o fim do horário de verão no Brasil?
- Por que o horário de verão está em debate novamente?
- Benefícios e desafios do horário de verão
- O que dizem os números sobre o consumo de energia?
- Como o horário de verão pode afetar várias áreas?
- Dúvidas frequentes
O que motivou o fim do horário de verão no Brasil?
Em 2019, o presidente Jair Bolsonaro decidiu extinguir o horário de verão. A justificativa? A medida não gerava economia significativa de energia, já que o pico de consumo passou a ocorrer à tarde, quando o horário de verão não fazia diferença. Além disso, muitas pessoas relatavam dificuldades para se adaptar à mudança nos relógios, o que gerava cansaço e até insatisfação. A ideia era simplificar a vida e evitar transtornos, mas será que essa escolha continua fazendo sentido hoje?
Por que o horário de verão está em debate novamente?
Segundo o Ministério de Minas e Energia, a discussão sobre a volta do horário de verão ressurgiu em 2025, principalmente por causa da pressão sobre o sistema elétrico. O Brasil enfrenta desafios com secas prolongadas e aumento no consumo de energia, o que preocupa especialistas e autoridades. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) trouxe números que reacenderam o debate: a medida poderia reduzir a demanda de energia nos horários de pico. Isso significa menos uso de usinas termelétricas, que são caras e poluentes. Mas será que vale a pena mexer no relógio de novo?
Crise energética e o papel do ONS
O ONS, responsável por gerenciar o sistema elétrico brasileiro, recomendou a volta do horário de verão como uma forma de aliviar a pressão nos reservatórios de hidrelétrica. O órgão destacou que a medida poderia economizar bastante ao reduzir a necessidade de ligar termelétricas. A decisão final, no entanto, depende do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que avalia os impactos técnicos e sociais.
Impactos na economia de energia
Com o horário de verão, o pico de consumo pode ser deslocado para horários com mais luz solar, reduzindo a dependência de energia artificial. Isso é especialmente importante em um país onde a matriz energética depende muito das hidrelétricas. Em 2024, o consumo de energia se manteve alto mesmo no inverno. Por outro lado, o frio também gerou aumento no consumo de energia, com a utilização de chuveiros elétricos e aquecedores. Será que o horário de verão pode ser a solução para evitar apagões no futuro?
Benefícios e desafios do horário de verão
Adiantar os relógios pode amenizar o sistema elétrico. A principal função do horário de verão sempre foi reduzir o consumo de energia, aproveitando melhor as horas de luz natural e, consequentemente, diminuindo a necessidade de luz artificial. Contudo, o debate atual envolve outra questão: como utilizar o horário de verão para otimizar o aproveitamento das fontes de energia renovável, como a solar e a eólica. Durante o dia, a geração solar é mais intensa, mas à noite, a geração eólica aumenta. O deslocamento do pico de consumo para o final da tarde poderia, teoricamente, reduzir a pressão sobre as usinas hidrelétricas e termelétricas, ajudando a equilibrar a matriz energética.
Efeitos na rotina da população
Por outro lado, nem todo mundo é fã da mudança. Ajustar o relógio biológico pode ser um desafio, especialmente para quem acorda cedo. A mudança no horário pode afetar o sono e até a produtividade nos primeiros dias. Lembra daquela sensação de cansaço ao perder uma hora de sono? Para setores como aviação, a mudança exige meses de planejamento para ajustar voos.
O que dizem os números sobre o consumo de energia?
Dados dos anos de 2024 e 2025 revelam que o consumo de energia no Brasil está em alta. Mesmo no inverno, a demanda permaneceu elevada, com picos causados por chuveiros elétricos e aquecedores. Em janeiro de 2025, o consumo bateu recordes devido ao calor intenso, que aumentou o uso de ar-condicionado.
Como o horário de verão pode afetar várias áreas?
Além do setor elétrico, a volta do horário de verão pode impactar áreas como turismo, comércio e transporte. Bares e restaurantes esperam aumento no faturamento, já que dias mais longos incentivam as pessoas a saírem mais. No entanto, companhias aéreas, como a Azul, alertam que precisam de pelo menos 45 dias para ajustar suas malhas de voos. Bancos e serviços públicos também teriam que se reorganizar.
Dúvidas frequentes
- Por que o horário de verão foi extinto em 2019?
A medida foi suspensa porque estudos indicaram pouca economia de energia, além de dificuldades de adaptação da população. - O que o horário de verão faz com o consumo de energia?
Ele desloca o pico de consumo para horários com mais luz solar, reduzindo o uso de energia artificial e termelétricas. - Quais regiões seriam afetadas pelo horário de verão em 2025?
Tradicionalmente, a medida inclui Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Distrito Federal, onde há maior consumo de energia. - O retorno do horário de verão já está confirmado para 2025?
Não, a decisão ainda está em estudo e depende da aprovação do presidente Lula. - Quais são os principais desafios da volta do horário de verão?
A adaptação da população e ajustes em setores como transporte e serviços são os maiores obstáculos.
A possibilidade de o horário de verão voltar em 2025 traz um misto de esperança e preocupação. Por um lado, a medida pode aliviar a pressão no sistema elétrico, economizar milhões e até aquecer setores como bares e restaurantes. Por outro, exige planejamento e adaptação, além de mexer com a rotina de milhões de brasileiros. Dados do ONS mostram que a demanda por energia só cresce, e a seca continua sendo um desafio. Enquanto o governo avalia, a decisão final está nas mãos do presidente Lula.
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