Você já reparou que a conta de luz deu uma subida nos últimos tempos? Pois é, a bandeira vermelha está de volta. E isso é um alerta importante para você que depende de energia elétrica no dia a dia. Mas você sabe por que isso acontece?
Com a queda no nível de água nos reservatórios, principalmente no Sul do país, as usinas hidrelétricas estão tendo dificuldades para gerar energia como de costume. E adivinha? Isso pesa no seu bolso, já que a produção acaba ficando mais cara.
A seguir, você vai ver o que está por trás dessa situação, quais são as consequências para a sua conta de luz e o que pode ser feito para tentar reduzir os impactos. Vem conferir!
O que é a bandeira vermelha?
Você já ouviu falar em bandeiras tarifárias, certo? Elas são a maneira da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) avisar como está a situação da produção de energia no país. Quando a bandeira vermelha é acionada, significa que está ficando bem mais caro gerar energia; isso, geralmente é por conta da falta de água nos reservatórios. E sabe o que isso quer dizer para você? Que a sua conta de luz vai subir.
Só para te lembrar: a bandeira vermelha patamar 1, que entrou em vigor recentemente, é um aviso importante de que a situação está ficando pior.
Como funciona o sistema de bandeiras?
Você já se perguntou como essas bandeiras funcionam na prática? Olha só como é simples:
- Bandeira Verde: Sem custo adicional, indicando que a geração está normal.
- Bandeira Amarela: Custo adicional moderado, sinalizando que a geração está começando a ficar mais cara.
- Bandeira Vermelha: Custo adicional elevado, indicando que a geração está muito cara, geralmente devido à dependência de termelétricas.
Causas da bandeira vermelha
A principal causa para a ativação da bandeira vermelha, está no baixo nível dos reservatórios, principalmente no Sul do país. Só para você ter uma ideia, a capacidade de armazenamento está em apenas 35,69%. O que é bem abaixo do ideal.
Com menos água, as hidrelétricas não conseguem dar conta da demanda. Nesse caso, o sistema precisa recorrer às termelétricas, que são bem mais caras.
A influência das condições climáticas
E o clima tem tudo a ver com essa situação, sabia? Desde abril, o Brasil está em uma fase chamada de neutralidade climática. Isso quer dizer que nem o El Niño e nem o La Niña estão atuando. O resultado? Chuvas irregulares, resultando em menos água nos reservatórios
Essa situação afeta diretamente a Energia Natural Afluente (ENA), que mede o potencial de geração das hidrelétricas. E adivinha? Ela está abaixo da média em todas as regiões do país.
Impactos nas tarifas de energia
Com a bandeira vermelha em ação, a tarifa de energia sobe. E sobe muito! Afinal, gerar energia com termelétricas custa mais, e esse custo é repassado para você e pesa no seu bolso, consumidor final.
Você já sentiu essa diferença no bolso? Se não, pode aguardar, porque ela deve aparecer nas próximas faturas.
Previsões para as regiões do Brasil
Veja as previsões para a ENA em junho:
- Sul: 86% da média esperada, mas com reservatórios em 35,69%.
- Sudeste/Centro-Oeste: 75% da média.
- Norte: 57% da média.
- Nordeste: Apenas 29% da média.
Ou seja, como você viu, não é um problema localizado, é nacional.
O que fazer para economizar?
Agora que você já entendeu o que está acontecendo, que tal pensar em formas de usar a energia de forma mais consciente? Aqui vão algumas dicas práticas:
- Desligar aparelhos não utilizados: Isso pode diminuir muito o consumo.
- Utilizar lâmpadas LED: Elas consomem menos energia e têm maior durabilidade.
- Ajustar o uso de eletrodomésticos: Usar máquinas de lavar e secar roupas em horários de menor demanda pode ajudar a economizar.
Como você viu acima, a volta da bandeira vermelha é um alerta. Não só sobre a conta de luz, mas sobre como você está cuidando dos recursos naturais e do sistema de energia. Repensar o consumo e buscar alternativas é mais do que uma escolha: é uma necessidade.