O novo valor do salário mínimo para 2026, confirmado em R$ 1.621, está gerando dúvidas em milhões de brasileiros. Com um aumento de R$ 103 em relação ao piso anterior, diversas regras para benefícios sociais, previdenciários e trabalhistas foram atualizadas. Saiba aqui o que muda no abono salarial, benefícios do INSS, CadÚnico, seguro-desemprego e mais.
Impactos do novo salário mínimo nos benefícios
O ajuste do salário mínimo reflete em todos os programas do governo federal, afetando valores recebidos e requisitos de acesso. Veja como cada benefício é alterado:
- Abono salarial PIS/Pasep: O valor do benefício, relacionado ao tempo de trabalho no ano-base, agora vai de R$ 135,08 a R$ 1.621, dependendo dos meses trabalhados.
- Aposentadorias e benefícios do INSS: Quem recebe o piso passa a receber R$ 1.621, com reajustes automáticos. Os benefícios acima do mínimo seguirão o INPC.
- BPC (Benefício de Prestação Continuada): O valor sobe para R$ 1.621 mensais, enquanto o critério de renda familiar per capita para acesso vai de R$ 405,25 a R$ 810,50.
- Seguro-desemprego: Nenhuma parcela poderá ser inferior ao novo salário mínimo.
- CadÚnico: Limites de renda para inscrição atualizam, acompanhando o novo piso.
- Trabalho intermitente: Remuneração mínima por hora e diária também aumentam.

Quem tem direito ao abono salarial em 2026?
O abono salarial PIS/Pasep será ajustado com a chegada do novo salário mínimo. Para os trabalhadores elegíveis, o valor do abono poderá chegar a R$ 1.621. A principal mudança nas regras para 2026 refere-se ao cálculo da renda mensal máxima para recebimento: o teto de dois salários mínimos não acompanhará mais o reajuste do piso nacional. Em vez disso, será atualizado apenas pela inflação, restringindo a concessão do benefício progressivamente para trabalhadores com renda mais baixa.
Têm direito ao abono salarial 2026 quem:
- Trabalhou com carteira assinada por pelo menos 30 dias em 2024;
- Recebeu, em média, até dois salários mínimos por mês em valores corrigidos apenas pela inflação;
- Está inscrito no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos;
- Teve seus dados informados corretamente pelo empregador na RAIS ou eSocial.
O pagamento do benefício começa em 15 de fevereiro de 2026, com calendário a ser divulgado pelo Codefat.
Regras do CadÚnico para acesso aos programas sociais
O Cadastro Único (CadÚnico) é utilizado para selecionar e incluir famílias em programas como Bolsa Família, vale-gás e BPC. Com o novo valor do salário mínimo, o teto de renda muda para até R$ 810,50 por pessoa na família. Famílias com renda um pouco acima desse limite também podem ser cadastradas para acessar programas específicos.
Para inscrição e manutenção no CadÚnico em 2026 será exigido:
- Renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa (R$ 810,50);
- Atualização de cadastro a cada dois anos para continuar recebendo benefícios;
- Comprovação da situação socioeconômica familiar.
Ajustes no valor do seguro-desemprego para 2026
O seguro-desemprego acompanha o reajuste do salário mínimo. O novo valor do benefício, pago a trabalhadores demitidos sem justa causa, não será inferior ao novo piso nacional de R$ 1.621. O cálculo considera a média dos últimos salários recebidos e segue regras estabelecidas pelo Ministério do Trabalho. Caso o resultado do cálculo fique abaixo do piso definido pelo governo, o valor pago será igual ao salário mínimo vigente.
Como fica o INSS em 2026?
Os benefícios do INSS terão valores atualizados: quem recebe o piso passará para R$ 1.621. Para benefícios acima do piso, o reajuste usa o INPC acumulado em 12 meses. O aumento não só beneficia aposentados e pensionistas, mas também eleva a margem para empréstimos consignados e altera outras referências de benefícios previdenciários.
O calendário de pagamento será divulgado no início do ano, mantendo o modelo atual, com depósitos no fim de cada mês para grupos distintos – até um salário mínimo e acima disso.
Detalhes sobre o trabalho intermitente em 2026
Com a nova referência salarial, trabalhadores sob o regime intermitente, que recebem por hora ou dia trabalhado, também terão remunerações recalculadas:
- Salário diário estimado: R$ 54,03
- Salário-hora: R$ 7,37
Esses valores garantem que ninguém nessa modalidade receba abaixo do mínimo estabelecido por lei.
Reajuste no Benefício de Prestação Continuada (BPC)
O BPC passa a pagar R$ 1.621 por mês, acompanhando o piso nacional. Para receber, a renda per capita da família deverá estar entre ¼ e ½ do salário mínimo, ou seja, entre R$ 405,25 e R$ 810,50. Será mantida a exigência de inscrição no CadÚnico, atualização cadastral e cadastramento biométrico a cada dois anos.
Seguro-defeso: atualização para 2026
O seguro-defeso, pago a pescadores artesanais no período de proibição de pesca para reprodução das espécies, também será reajustado a R$ 1.621 por parcela.
É fundamental que cada cidadão acompanhe as novas regras e os calendários de pagamento para garantir o recebimento dos valores atualizados. Manter o CadÚnico em dia e estar atento aos comunicados oficiais são passos importantes para não perder nenhum direito. Para continuar por dentro de todas as alterações, calendários e orientações detalhadas sobre os seus benefícios, acesse o portal Alerta Gov.












