A divulgação da nova tabela do Imposto de Renda (IR) 2026 trouxe uma notícia positiva para milhões de brasileiros. Com a atualização, quem recebe até R$ 5 mil por mês estará isento do pagamento. Já para quem ganha entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350, as alíquotas diminuíram, garantindo economia no bolso.
Mudanças assim impactam diretamente o planejamento financeiro, facilitam o orçamento familiar e desafogam as contas de quase 16 milhões de pessoas. Entenda todos os detalhes, veja como essa alteração pode beneficiar o seu dia a dia e descubra quanto será possível economizar no próximo ano.
O que mudou com a tabela do Imposto de Renda 2026?
A nova tabela do Imposto de Renda 2026 passa a valer para salários recebidos a partir de 1º de janeiro de 2026, após aprovação do Congresso e pendente de sanção presidencial.
O principal ajuste foi o aumento da faixa de isenção para quem recebe até R$ 5 mil mensais, eliminando completamente a obrigatoriedade do pagamento do tributo para esta faixa. Anteriormente, o limite era de R$ 2.428,80, beneficiando parcialmente quem ganhava até dois salários mínimos por conta de um desconto simplificado automático.
Faixas de cálculo e alíquotas
Confira como ficará a distribuição das faixas e taxas para 2026:
| Faixa salarial | Base de cálculo | Alíquota |
|---|---|---|
| Até R$ 3.036 | Até R$ 2.428,80 | – |
| De R$ 3.036 até R$ 3.353,31 | R$ 2.428,81 até R$ 2.826,65 | 7,5% |
| De R$ 3.353,31 até R$ 4.688,85 | R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 | 15% |
| De R$ 4.688,85 até R$ 5.830,85 | De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 | 22,5% |
| Acima de R$ 5.830,85 | Acima de R$ 4.684,68 | 27,5% |
Como calcular quanto economizar com o Imposto de Renda 2026?
Com as novas regras, quem recebia até R$ 3.036 já estava prático isento pelo desconto automático. Agora, a faixa sobe consideravelmente até R$ 5 mil, ampliando a isenção. Para quem ganha entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350, o valor do desconto será ajustado para evitar que o trabalhador termine com salário líquido menor do que quem está na faixa isenta.
- Isenção total para até R$ 5 mil;
- Desconto progressivo para salários intermediários até R$ 7.350;
- Sem mudanças acima de R$ 7.350.

Quem será realmente beneficiado pela nova tabela?
A estimativa do governo federal considera que 16 milhões de contribuintes serão impactados positivamente. Entre eles, boa parte daqueles com renda mensal de até R$ 7.350, que passarão a pagar menos imposto. Isso significa mais dinheiro disponível, estímulo ao consumo e à movimentação da economia.
Profissionais autônomos e liberais
Profissionais liberais e autônomos podem também se beneficiar da dedução automática e das novas regras da tabela. Aqueles que tiverem renda mensal superior a R$ 50 mil estarão sujeitos a novo imposto mínimo progressivo, caso ultrapassem o limite anual de R$ 600 mil.
Impactos na arrecadação e compensações
Com a mudança, o custo estimado para o governo em 2026 é de aproximadamente R$ 31,2 bilhões. Por outro lado, serão criadas novas contribuições para compensar a perda de arrecadação, como tributação de dividendos enviados ao exterior e o imposto mínimo para rendas muito altas. A expectativa é que essas medidas cubram a diferença, mantendo o equilíbrio fiscal.
Repasses para Estados e Municípios
Estados e municípios, que dependem de parte do Imposto de Renda repassada via FPE (Fundo de Participação dos Estados) e FPM (Fundo de Participação dos Municípios), terão garantia de compensação automática caso haja perda na arrecadação com a nova tabela.
Novas regras para alta renda e dividendos
Pessoas físicas com rendimentos superiores a R$ 600 mil anuais estarão sujeitas ao imposto mínimo progressivo, com alíquotas variando de 0 a 10%. Essa regra busca tornar a tributação mais justa, aumentando o recolhimento sobre quem possui renda bem acima da média nacional, sem afetar investimentos isentos e benefícios legais, como aposentadorias por doença.
- Alíquota máxima de 10% para ganhos acima de R$ 1,2 milhão anuais
- Exclusão do cálculo para heranças, doações e poupança
- Tributação especial sobre dividendos enviados ao exterior acima de R$ 50 mil/mês
AS TAXAS MÍNIMAS PARA O TOPO
| Faixa de renda (por ano, em R$) | Alíquota (em %) | IRPF a pagar (por ano, em R$) |
|---|---|---|
| 750.000 | 2,50 | 18.750 |
| 900.000 | 5 | 45.000 |
| 1.050.000 | 7,50 | 78.750 |
| 1.200.000 | 10 | 120.000 |
QUANTO SE PAGA HOJE
| Faixa de renda (por mês, em R$) | Alíquota efetiva atual (em %) | Alíquota efetiva proposta (em %) |
|---|---|---|
| 7.193,91 | 1,95 | 0,25 |
| 29.686,35 | 11,86 | 11,86 |
| 75.480,59 | 9,85 | 9,86 |
| 103.599,27 | 8,31 | 9,44 |
| 392.581,78 | 7,38 | 10 |
O que permanece igual para quem ganha mais?
Contribuintes com salários acima de R$ 7.350 por mês não terão alteração nas alíquotas usuais do Imposto de Renda. O reajuste beneficia justamente as faixas intermediárias, corrigindo uma defasagem histórica.
Calendário e previsão de início das mudanças
A nova tabela tem validade a partir de 1º de janeiro de 2026. O projeto aprovado pelo Congresso ainda aguarda a sanção presidencial para entrar em vigor de fato. Portanto, fique atento para não perder prazos e aproveite para organizar a vida financeira já prevendo a economia anual que pode vir com esta atualização.
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