Recentemente, circularam boatos nas redes sociais afirmando que a Receita Federal estaria monitorando todas as transações realizadas pelo Pix. Essas informações geraram preocupação, mas o órgão esclareceu que não realiza vigilância individual sobre as operações e não tem acesso a esses dados, refutando as alegações.
Essa especulação reforça como a fake news podem se espalhar rapidamente, gerando insegurança entre usuários e profissionais de finanças. Desde o lançamento do Pix, as autoridades têm reforçado que não há monitoramento das transações individuais. Contudo, golpistas se aproveitam desse medo, criando conteúdos alarmistas em grupos e aplicativos de mensagens para induzir os usuários a clicar em links ou fornecer dados pessoais.
É importante entender o papel da Receita Federal e os limites de sua fiscalização para evitar cair em desinformação e proteger-se contra golpes relacionados ao Pix e outros meios de pagamento eletrônico.
O que diz a Receita Federal sobre transações?
A instituição já esclareceu em diversas ocasiões que: não recebe, monitora ou tem acesso a qualquer informação sobre o tipo de operação (como Pix, TED, DOC, depósito ou transferências tradicionais).
- Não há registro do valor exato de cada transação individual.
- No processo habitual, tampouco é possível identificar de onde vieram ou para onde foram enviados os recursos.
- O faturamento de pessoas físicas e jurídicas segue sendo comprovado por outros meios legais e não por relatórios automáticos do sistema Pix.
Fiscalização de fintech e bancos
Segundo comunicado oficial, as obrigações de informação para as chamadas fintechs (empresas de tecnologia financeira) são as mesmas que valem para bancos e instituições tradicionais. A ação da Receita Federal não se altera por conta do tipo de empresa, mas pelo combate a esquemas de delito com impacto fiscal relevante.
A mudança principal foi garantir que todos os agentes do mercado financeiro sigam normas de transparência quando há indícios de crimes organizados, lavagem de dinheiro ou ocultação de patrimônio. Em operações recentes, ficou evidente que a ausência de troca de informações entre órgãos e instituições favorece fraudes bilionárias, prejudicando a sociedade como um todo.
Como se proteger de mensagens sobre supostos monitoramentos
A principal orientação é: confira as informações diretamente nos canais oficiais da Receita Federal ou no Banco Central.
- Nunca informe seus dados fora dos ambientes oficiais.
- Evite encaminhar mensagens sem checar a autenticidade delas.
- Mantenha atualizado o aplicativo do seu banco e configure notificações de segurança.
Perguntas frequentes
- A Receita Federal pode ver todas as minhas transações Pix?
Não. O órgão não recebe nenhum relatório individualizado desse tipo de operação e não acessa valores ou titulares. - Que informações realmente ficam disponíveis para a Receita Federal?
Os bancos reportam rendimentos e movimentações suspeitas apenas se solicitados via processo legal. - Mensagens sobre fiscalização do Pix são verdadeiras?
Não. Trata-se de fake news, usadas muitas vezes para aplicar golpes. - O que faço se receber um golpe relacionado ao Pix?
Procure imediatamente a polícia e notifique seu banco imediatamente. - O Pix é seguro?
Sim, desde que o uso respeite as normas de segurança, como não compartilhar senhas ou códigos.