O governo federal confirmou, por meio do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026, o valor de R$ 1.631 para o salário mínimo a partir de 1º de janeiro de 2026. O reajuste representa um aumento de R$ 113 em relação ao piso atual, de R$ 1.518, o que equivale a 7,44%.
A proposta foi enviada ao Congresso Nacional em 29 de agosto de 2025 e será analisada pela Comissão Mista de Orçamento antes de ser votada em Plenário. O texto prevê ainda um superávit primário de R$ 34,3 bilhões para o próximo ano, reforçando a meta de equilíbrio fiscal.
Política de valorização
Desde 2023, o governo retomou a política de valorização do salário mínimo, que leva em conta a inflação do ano anterior (INPC) e a variação do PIB de dois anos antes. Essa regra havia sido suspensa em 2019 e, segundo especialistas, reduziu os ganhos reais de trabalhadores de baixa renda.
O valor definido para 2026 ficou R$ 1 acima do que havia sido projetado em abril, quando a previsão era de R$ 1.630. O ajuste decorre da atualização dos índices econômicos mais recentes.
Repercussão no Senado
No dia 2 de setembro de 2025, o senador Paulo Paim (PT-RS) comemorou a definição do novo piso salarial. Em discurso no Plenário, destacou que o aumento vai beneficiar não apenas os trabalhadores que recebem o salário mínimo, mas também aposentados, pensionistas e beneficiários de programas sociais vinculados ao piso nacional.
Segundo Paim, o reajuste pode estimular a economia ao fortalecer o consumo e a produção: “O salário mínimo é a principal ferramenta de distribuição de renda do país. Quando aumenta, gera um círculo virtuoso, movimenta o comércio e a indústria, e melhora a vida de milhões de brasileiros”, afirmou o senador.
Impacto social e econômico
De acordo com o Dieese, cerca de 60 milhões de brasileiros têm como referência o salário mínimo, seja diretamente em sua remuneração, seja por benefícios previdenciários e assistenciais, como o BPC (Benefício de Prestação Continuada).
Além disso:
- Cada R$ 1 de reajuste no piso nacional gera impacto bilionário nas contas públicas, especialmente no pagamento de benefícios previdenciários.
- A elevação do valor também aumenta a arrecadação tributária, já que o consumo tende a crescer com a melhora no poder de compra das famílias.
- O piso nacional é usado como referência em negociações coletivas de várias categorias profissionais.
Próximos passos
O novo valor ainda precisa ser aprovado pelo Congresso, dentro da análise do Orçamento de 2026. Caso seja confirmado, o salário mínimo de R$ 1.631 entrará em vigor em 1º de janeiro de 2026, com impacto imediato na folha de pagamento de trabalhadores e beneficiários de políticas públicas.
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