A restituição do Imposto de Renda 2025 passou a refletir uma mudança no comportamento dos contribuintes. Dados da Receita Federal mostram que 70% das pessoas que têm valores a receber optaram por usar o Pix como forma de depósito. A escolha demonstra a confiança no sistema e indica que os brasileiros valorizam agilidade e simplicidade ao tratar de assuntos financeiros com o governo.
A Receita Federal liberou o segundo lote de restituição em junho, beneficiando aproximadamente 5,7 milhões de contribuintes. O valor total ultrapassa R$ 8,5 bilhões. Mais da metade desse montante foi creditada via Pix, sendo esse método exclusivo para quem indicou a chave do tipo CPF na declaração. Confira os detalhes a seguir.
Pix ganha espaço nas restituições do IR
O sistema de transferências instantâneas vem sendo cada vez mais usado em transações envolvendo o setor público. Na restituição do IR, a adesão expressiva mostra que o contribuinte busca formas práticas de receber o dinheiro sem depender de etapas extras, como login em contas bancárias ou espera por agendamento.
Segundo o Fisco, o número de contribuintes que informaram chave Pix válida e do tipo CPF foi maior em 2025 do que em 2024. A Receita reforça que a chave precisa estar vinculada ao CPF do titular da declaração. Chaves como número de celular, e-mail ou aleatórias não são aceitas para esse fim.
Quem recebeu no segundo lote
Os pagamentos feitos em junho priorizaram contribuintes com direito à restituição por prioridade legal. Foram incluídos idosos com 60 anos ou mais, pessoas com deficiência, professores e contribuintes que utilizaram a declaração pré-preenchida ou autorizaram débito automático da primeira cota.
Os valores foram depositados diretamente na conta ou via Pix, dependendo da opção escolhida na declaração. Se houver erro nas informações bancárias, o valor poderá ser resgatado no Banco do Brasil pelo prazo de até um ano. Passado esse prazo, será necessário solicitar o valor novamente no site da Receita Federal.
Vantagens do Pix no processo de restituição
O Pix proporciona pagamento direto, sem custo, a qualquer hora do dia. O valor cai na conta em poucos segundos, desde que a chave cadastrada esteja correta. Esse modelo evita atrasos e reduz a incidência de problemas relacionados ao banco informado ou à conta inativa.
Além disso, o sistema evita filas em agências bancárias e reduz a dependência de aplicativos bancários para visualização ou resgate dos valores. A medida beneficia, principalmente, quem precisa do dinheiro com mais rapidez, como é o caso de contribuintes com pendências financeiras ou compromissos de curto prazo.
Como consultar o valor da restituição
A verificação pode ser realizada no site da Receita Federal. Basta acessar a seção “Meu Imposto de Renda”, selecionar a opção “Consultar restituição” e informar o CPF, data de nascimento e o ano da declaração. Outra possibilidade é consultar pelo aplicativo da Receita, disponível para Android e iOS.
Caso o contribuinte identifique pendência ou inconsistência, será possível verificar o status do processamento da declaração. A Receita atualiza periodicamente os dados e libera os lotes conforme a ordem de entrega da declaração e as prioridades legais.
Lotes futuros e calendário
O calendário da restituição prevê cinco lotes. O primeiro foi pago em maio, o segundo será no dia 30 deste mês de junho e os próximos ocorrerão nos meses seguintes até setembro. Cada lote tem regras específicas e inclui diferentes grupos. Quem entregou a declaração no início do prazo e não teve pendências tem mais chance de receber nos primeiros lotes.
O Pix continuará disponível para todos os contribuintes que informarem a chave correta na declaração. Aqueles que não incluíram o dado ainda podem receber pela conta bancária tradicional, desde que esteja em nome do titular da declaração.
Soluções mais ágeis e acessíveis
A adoção do Pix como forma preferencial de recebimento reforça a busca por soluções mais ágeis, acessíveis e eficazes. Além de acelerar o repasse dos valores, o sistema reduz burocracias e melhora a experiência de quem declara.
A tendência é que, nos próximos anos, o uso do Pix se torne ainda mais comum, não só nas restituições, mas em diversas outras interações financeiras com órgãos públicos. Para quem ainda não optou pela chave do tipo CPF, vale considerar essa alternativa já na próxima declaração.