O Auxílio-Acidente INSS 2025 segue sendo recurso fundamental para milhares de trabalhadores que, após acidente, permanecem com sequelas e redução da capacidade de trabalho. Descubra quem pode solicitar, quais documentos ter em mãos e as melhores estratégias para aumentar as chances de aprovação ainda este ano.
O que é o Auxílio-Acidente em 2025?
O auxílio-acidente é um benefício indenizatório pago pelo INSS aos trabalhadores que, após um acidente de qualquer natureza, apresentam sequelas permanentes que limitam sua capacidade laboral. O grande diferencial é que você pode continuar trabalhando e recebendo salário, já que este benefício não substitui, mas complementa a renda do trabalhador. Ele é regulamentado pelo artigo 86 da Lei 8.213/91.
Quem tem direito ao Auxílio-Acidente em 2025?
Para acessar o auxílio-acidente, é necessário pertencer a um dos grupos autorizados pelo INSS:
- Empregados registrados (urbanos, rurais e domésticos);
- Trabalhadores avulsos (prestam serviços a diferentes empresas);
- Segurados especiais (pequenos produtores rurais, pescadores artesanais).
Por outro lado, não possuem direito ao benefício: contribuintes individuais, MEI e segurados facultativos. Essa restrição permanece, mesmo em 2025.
Requisitos obrigatórios em 2025
- Estar na qualidade de segurado (contribuindo ou no período de graça do INSS);
- Ter sofrido acidente (de trabalho, doméstico, trânsito ou esporte);
- Sequela permanente comprovada (constatada por perícia médica);
- Redução da capacidade de trabalho (para atividade habitual).
Importante: não existe um grau mínimo de incapacidade para solicitar o benefício. Sequelas pequenas também podem dar direito.
Como funciona o Auxílio-Acidente na prática?
O benefício é concedido para quem, após sofrer um acidente, passa por perícia e comprova as limitações. Confira dois cenários comuns:
- Após auxílio-doença: o trabalhador recebe alta, mas permanece com sequelas. Nesse caso, o INSS deveria conceder o auxílio-acidente automaticamente, porém nem sempre isso ocorre.
- Sem afastamento: mesmo quem não ficou afastado pode pedir o auxílio-acidente, desde que apresente limitações definitivas. A comprovação é 100% médica e documental.
O benefício é pago mensalmente até que o segurado se aposente ou faleça. É possível acumular o auxílio-acidente com o salário e alguns outros benefícios, segundo as regras vigentes.
Documentos necessários para o pedido em 2025
Antes do agendamento da perícia, o trabalhador deve reunir todos os documentos que comprovam o acidente e as sequelas:
- Documento de identidade (RG ou CNH) e CPF;
- Comprovante de residência;
- Carteira de Trabalho – CTPS;
- Laudos médicos detalhados, com CID da sequela;
- Exames de imagem recentes (raio-X, ressonância, tomografia);
- Relatórios descrevendo as limitações funcionais;
- CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), se for caso de acidente laboral;
- Atestados ou receitas do tratamento realizado.
Dica: exames de imagem e laudos detalhados têm peso significativo na avaliação do perito do INSS.
Passo a passo para solicitar o Auxílio-Acidente
Se você sofreu um acidente que resultou em sequelas permanentes e que reduzem sua capacidade de trabalho, veja como dar entrada no pedido de Auxílio-Acidente junto ao INSS:
1. Inicie o processo
Você pode começar o pedido de duas formas:
- Entrando em contato com a Central de Atendimento do INSS pelo número 135;
- Acessando o portal Meu INSS, disponível no site ou no aplicativo para celular.
2. Agende a perícia médica
Com base nas orientações recebidas, agende a sua perícia médica. Esse exame é obrigatório para que o INSS avalie os impactos do acidente na sua capacidade de trabalho.
3. Vá à agência no dia marcado
Apresente-se na agência do INSS na data e horário marcados, portando os seguintes documentos:
- Documentos pessoais (RG, CPF, carteira de trabalho);
- Documentação médica que comprove a sequela do acidente;
- CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), se for o caso.
4. Acompanhe seu pedido
Depois da perícia, acompanhe o andamento da solicitação pelo Meu INSS ou ligando novamente para o 135. O INSS informará se o benefício foi concedido e quais os próximos passos.
Prazos para análise e pagamento do benefício
Após a perícia, o INSS costuma emitir a decisão em até 60 dias corridos. O pagamento é retroativo à data de entrada do pedido. Se houver aprovação, o benefício é depositado na conta indicada pelo solicitante.
Se houver negativa, é possível interpor recurso administrativo pelo Meu INSS em até 30 dias, ou mesmo judicializar. Vale lembrar: a maioria dos casos só é resolvida via Justiça, com elevado índice de sucesso.
Dicas para agilizar a aprovação do seu pedido
- Reúna todos os laudos, exames e relatórios antes da perícia;
- Leve documentos originais e cópias organizados;
- Explique objetivamente como a sequela afeta sua rotina;
- Evite exageros ou omissões durante a perícia médica;
- Em caso de negativa, procure orientação jurídica especializada em previdência;
- Considere contar com apoio de equipes especializadas para maximizar as chances na Justiça.
Perguntas frequentes
- O auxílio-acidente pode ser pago junto com o salário? Sim, o benefício é cumulativo com o salário, pensão por morte, salário-maternidade e outros, exceto aposentadoria.
- Quais ocupações podem pedir o auxílio-acidente? Empregados registrados, avulsos e segurados especiais. MEI e autônomos estão excluídos.
- É preciso afastamento pelo INSS para ter direito? Não. Mesmo quem não foi afastado ou recebeu auxílio-doença pode solicitar, desde que comprove as sequelas.
- E se o INSS negar meu pedido? Cabe recurso pelo Meu INSS ou ação judicial, com possibilidade de valores retroativos.
- Como saber se minha limitação é suficiente? Não há percentual mínimo. Qualquer sequela que afete sua ocupação pode ser avaliada para o benefício.
- A perícia do INSS é obrigatória? Sim, é o principal critério de decisão. Leve sempre laudos completos e atuais.
- O benefício vale para acidentes fora do trabalho? Sim, não precisa ser acidente de trabalho, basta ter diminuição da capacidade laboral.
- O auxílio-acidente conta para aposentadoria? Sim, o tempo de recebimento pode impactar positivamente no cálculo do benefício futuro.