O 13° salário é um dos momentos mais aguardados pelos trabalhadores no Brasil, proporcionando um alívio no bolso no final do ano. Este benefício, conhecido como gratificação natalina, garante um salário extra a milhões de pessoas, mas quem realmente tem direito a ele? Como calcular o valor e quando ele será pago em 2025?
Este texto explica tudo sobre o 13° salário, incluindo prazos, regras e dicas para usar o dinheiro.
O que é o 13° salário?
O 13° salário é um benefício previsto na legislação brasileira, garantido pela Lei nº 4.090/1962. Ele corresponde a um salário extra pago anualmente aos trabalhadores formais, aposentados e pensionistas.
Criado para auxiliar nas despesas de fim de ano, como festas e presentes, o valor pode ser usado para diversos fins, desde quitar dívidas até investir.
Quem tem direito ao 13° salário?
O 13° salário é assegurado a diversos grupos de trabalhadores, desde que atendam a condições específicas. Abaixo, uma lista dos principais beneficiários:
- Trabalhadores com carteira assinada: Inclui empregados urbanos, rurais, domésticos e avulsos contratados pelo regime da CLT.
- Aposentados e pensionistas do INSS: Recebem o benefício diretamente do governo.
- Servidores públicos: Federais, estaduais e municipais têm direito, conforme regulamentações específicas.
- Trabalhadores afastados: Quem está em licença-maternidade ou afastado por acidente de trabalho com benefício do INSS também recebe.
- Estagiários com contrato formal: Podem receber, se previsto em contrato, mas não é obrigatório.
Para ter direito, o trabalhador precisa ter atuado pelo menos 15 dias em um mês, para que esse período seja contabilizado no cálculo.
Quais trabalhadores não recebem o 13° salário?
Nem todos os trabalhadores têm direito ao benefício. Alguns grupos ficam de fora devido à natureza de seus contratos ou regimes de trabalho. Veja quem não recebe:
- Autônomos e freelancers: Sem vínculo empregatício formal, não têm direito ao 13°.
- Estagiários sem previsão contratual: Se o contrato de estágio não incluir o benefício, ele não é pago.
- Trabalhadores informais: Quem trabalha sem registro em carteira não recebe.
- Empregados demitidos por justa causa: Perdem o direito ao 13° proporcional do ano da demissão.
Como funciona o cálculo do 13° salário?
O cálculo do 13° salário é simples, mas exige atenção. O valor corresponde a 1/12 do salário bruto mensal por cada mês trabalhado no ano. Um mês é considerado se o trabalhador atuou por pelo menos 15 dias nele.
Adicionais habituais, como horas extras, comissões ou insalubridade, também entram no cálculo.
Exemplo de Cálculo
Para um salário bruto de R$ 3.000,00, o cálculo seria:
- Salário mensal ÷ 12 × meses trabalhados.
- Se o trabalhador atuou 12 meses: R$ 3.000,00 ÷ 12 × 12 = R$ 3.000,00 (valor bruto do 13°).
- Se trabalhou 6 meses: R$ 3.000,00 ÷ 12 × 6 = R$ 1.500,00.
Quando o 13° salário será pago em 2025?
Os prazos para pagamento do 13° salário em 2025 seguem a legislação trabalhista:
- 1ª parcela: Até 30 de novembro de 2025, sem descontos.
- 2ª parcela: Até 20 de dezembro de 2025, com descontos de INSS e IRRF.
- Pagamento único: Se o empregador optar por pagar tudo de uma vez, deve fazê-lo até 30 de novembro.
Trabalhadores podem solicitar o adiantamento da primeira parcela nas férias, desde que informem a empresa até janeiro de 2025. Para aposentados e pensionistas do INSS, o pagamento geralmente ocorre entre agosto e novembro, com datas confirmadas pelo governo.
Documentos necessários para receber o 13° salário
Em geral, não é necessário apresentar documentos para receber o 13° salário, pois o pagamento é automático para trabalhadores com carteira assinada e beneficiários do INSS. No entanto, algumas situações exigem atenção:
- Carteira de trabalho ou contrato: Para confirmar o vínculo empregatício.
- Holerite ou contracheque: Para verificar o salário base e adicionais.
- Comprovante de afastamento (se aplicável): Para trabalhadores em licença ou afastados pelo INSS.
Empresas que descumprem o pagamento podem ser penalizadas, e o trabalhador deve denunciar ao sindicato ou ao Ministério do Trabalho.
Dicas para usar o 13° salário de forma consciente
O 13° salário pode ser uma oportunidade para melhorar as finanças. Aqui estão algumas sugestões para usá-lo com sabedoria:
- Quite dívidas: Priorize dívidas com juros altos, como cartão de crédito.
- Crie uma reserva de emergência: Guarde parte do valor para imprevistos, como despesas médicas.
- Invista no futuro: Considere aplicar em investimentos de baixo risco, como Tesouro Direto, para rendimentos a longo prazo.
- Planeje gastos de fim de ano: Reserve uma parte para presentes ou festas, mas evite compras impulsivas.
- Atualize o orçamento: Use o 13° para alinhar as finanças para 2026, como pagar contas de início de ano (IPVA, IPTU).
Dúvidas frequentes sobre o 13° salário
- Quem trabalha meio período tem direito ao 13° salário? Sim, trabalhadores em regime parcial têm direito, com cálculo proporcional ao salário e meses trabalhados.
- O 13° salário sofre descontos? A primeira parcela é isenta de descontos. A segunda tem deduções de INSS e IRRF, conforme a faixa salarial.
- Estagiários recebem 13° salário? Depende do contrato. Se previsto, recebem; caso contrário, não é obrigatório.
- O que acontece se a empresa não pagar o 13° salário? A empresa pode ser multada e acionada judicialmente. O trabalhador deve procurar o sindicato ou o Ministério do Trabalho.
- Aposentados recebem o 13° em datas diferentes? Sim, o INSS geralmente paga entre agosto e novembro, com calendário divulgado pelo governo.
Para mais informações, acesse o site Alerta GOV.