Você sabia que quem recebe aposentadoria por invalidez pode ter direito a um adicional de 25% no valor do benefício? Muita gente desconhece esse direito, mas ele pode fazer toda a diferença no orçamento de quem precisa de cuidados permanentes. Se você ou alguém da sua família está nessa situação, continue lendo e descubra como garantir esse valor extra agora mesmo. Este guia vai esclarecer dúvidas, mostrar exemplos práticos e ensinar o passo a passo para solicitar o acréscimo junto ao INSS.
O que é a aposentadoria por invalidez?
A aposentadoria por invalidez é um benefício concedido pelo INSS para segurados que, por doença ou acidente, ficam totalmente incapazes de trabalhar de forma permanente. O benefício garante uma renda mensal para quem não pode mais exercer nenhuma atividade profissional, sendo fundamental para a segurança financeira dessas pessoas.
Quem tem direito ao adicional de 25%?
O acréscimo de 25% é voltado aos aposentados por invalidez que comprovem depender da ajuda constante de outra pessoa para realizar tarefas básicas do cotidiano, como comer, tomar banho ou se locomover. Esse direito está previsto no artigo 45 da Lei 8.213/91 e vale exclusivamente para quem recebe aposentadoria por invalidez permanente.
Entre os casos mais comuns que garantem o adicional estão:
- Paralisia dos membros
- Perda de membros superiores ou inferiores
- Doenças graves que impeçam a autonomia
- Quadros de demência avançada
Vale lembrar que o adicional não é automático: é preciso solicitar e comprovar a necessidade junto ao INSS.
Como solicitar o acréscimo de 25% no INSS
O pedido do adicional de 25% pode ser feito de forma simples, seguindo alguns passos:
- Acesse o Meu INSS ou vá até uma agência do INSS.
- Faça login com seu CPF e senha.
- Procure pela opção “Solicitar acréscimo de 25%”.
- Anexe o laudo médico para aposentadoria por invalidez que comprove a necessidade de cuidados permanentes.
- Aguarde a avaliação do INSS, que poderá exigir a realização de uma perícia médica para confirmar a necessidade do adicional.
Documentos necessários para o pedido
Para solicitar o adicional, é importante reunir os seguintes documentos:
- Documento de identificação com foto
- CPF
- Comprovante de residência
- Laudo médico completo, que comprove a necessidade de apoio contínuo para as atividades diárias
- Relatórios de internações, exames e receitas médicas (se houver)
Quanto mais detalhado e claro for o laudo médico, maiores serão as chances de o pedido ser aprovado pelo INSS.
Diferença entre aposentadoria por invalidez e outros benefícios
É comum confundir a aposentadoria por invalidez com outros benefícios do INSS, como o auxílio-doença. A principal diferença é que o auxílio-doença é temporário, concedido enquanto o segurado está em tratamento e pode se recuperar. Já a aposentadoria por invalidez é permanente, para casos em que não há possibilidade de retorno ao trabalho.
Vale lembrar que o adicional de 25% é exclusivo para quem está aposentado por invalidez. Outros benefícios, como aposentadoria por idade ou tempo de contribuição, não permitem esse acréscimo.
Adicional no valor final do benefício
O adicional de 25% é calculado sobre o valor da aposentadoria por invalidez. Por exemplo, se o benefício é de R$ 2.000, o valor final com o acréscimo será de R$ 2.500. Esse valor extra é pago enquanto durar a necessidade de cuidados permanentes e pode ser fundamental para custear cuidadores, adaptações na casa e medicamentos.
Importante destacar: o acréscimo de 25% pode ser concedido mesmo que o valor do benefício ultrapasse o teto do INSS.
O que fazer em caso de negativa do INSS?
Se o INSS negar o pedido do adicional de 25%, não desanime. É possível recorrer administrativamente ou até mesmo entrar com ação judicial. Muitas vezes, a negativa ocorre por falta de documentação ou laudo médico detalhado. Reúna novos documentos, peça um laudo mais completo e faça o recurso pelo próprio Meu INSS.
Se o recurso administrativo não resolver, procure um advogado especializado em direito previdenciário para avaliar a possibilidade de ação judicial.
Dúvidas frequentes
Posso solicitar o adicional de 25% mesmo que esteja acamado há anos e nunca tenha pedido?
Sim. Mesmo que o quadro clínico exista há muito tempo, é possível fazer o pedido a qualquer momento, desde que esteja recebendo aposentadoria por invalidez e comprove a necessidade de cuidados permanentes.
Quem cuida do aposentado precisa ser profissional da saúde para ter direito ao adicional?
Não. O adicional é concedido com base na necessidade comprovada de auxílio permanente, e não na qualificação profissional de quem presta essa assistência. Pode ser um familiar, amigo ou cuidador profissional.
O adicional de 25% entra na conta junto com a aposentadoria?
Sim. Após a aprovação, o valor é incorporado ao benefício e pago mensalmente junto com a aposentadoria, inclusive com retroativos, se for o caso.
É possível receber o adicional mesmo morando em instituição de longa permanência (asilos ou casas de repouso)?
Sim. O local onde o aposentado reside não impede a concessão do adicional, desde que a necessidade de assistência permanente esteja comprovada.
O adicional de 25% pode ser cortado futuramente?
Pode. Se o INSS constatar, em nova perícia ou revisão, que a pessoa recuperou a autonomia e não precisa mais de ajuda contínua, o adicional pode ser suspenso.
Quem foi aposentado por invalidez por decisão judicial também pode pedir o adicional de 25%?
Sim. Independentemente de como foi concedida a aposentadoria (administrativamente ou judicialmente), o direito ao adicional existe se os critérios forem atendidos.
Recebo pensão por morte de um segurado que era aposentado por invalidez. Tenho direito ao adicional?
Não. O adicional de 25% é exclusivo para aqueles que estão vivos e recebem aposentadoria por invalidez. Ele não é incorporado à pensão por morte.